sexta-feira, 30 de julho de 2010

Game Over


Você esperava que eu disesse o que? ''Não, eu vou morrer sem você, fique!'' Enganou-se, querido. Eu não vou, nem posso te prender a NADA. Se você escolheu esse caminho, a única coisa que eu tenho a fazer é aceitá-lo. Eu não vou ficar chorando dias e dias porque você se foi. E se você espera que eu corra atrás, enganou-se novamente. Eu não preciso de ti pra viver. Eu tenho amigos, eu tenho familia, e outras pessoas que me fazem mais feliz do que você me fez. Olha, quem diria eu estar escrevendo isso, não é mesmo? Pois é, as coisas mudam. E eu não sou a idiota que acredita em tudo o que falam, que a propósito eu era antes. Aliás, eu devo a ti agradecimentos. Tu me fez crescer, e perceber que o Principe Encantado só existe em livros infantis e filmes. Parece que no nosso caso, as promessas foram feitas para serem quebradas, não é mesmo? Engraçado, como você dizia que iria ser para sempre? Você mesmo me disse, que o Para Sempre sempre acabaria. Pois é, acabou. Vá procurar outra para iludir.

sábado, 24 de julho de 2010

The end


Olha, entenda. Eu só quero que as coisas entre nós fiquem claras. Será que é tão difícil assim deixar minha vida menos complicada? Eu cansei de esperar, cansei de falar e não ver atitude alguma. Tenho a impressão de que enquanto os outros VIVEM, eu me iludo e não passo do mesmo ponto de interrogação, aquele mesmo que eu te falei no início de tudo. Eu não sei se eu fui boa pra ti, eu não sei se em algum momento eu te fiz bem... Mesmo as minhas intenções sendo as melhores possíveis. Eu não sorrio, mas também não me deixo chorar. Indecisão. Eu estou esgotada da mesma ladainha de sempre: ''Ai como eu queria isso, ai como eu queria aquilo.'' Talvez, tudo o que eu precise é me afastar e tentar viver minha vida de maneira separada da tua, pensar na Pâmela no singular, por mais que seja doloroso pensar nessa possibilidade. Ou melhor, será que é mesmo doloroso? Sabe, agora eu estou percebendo que isso tudo não é um conto de fadas, e que tu não virá correndo me abraçar e beijar como nos sonhos. Nós estamos numa ponte cada vez mais fraca, o chão some por baixo dos pés. Não tem mais jeito, o vento sopra forte, minhas mãos se soltam e eu caio num abismo escuro. Vamos lá, próximo nível.

domingo, 11 de julho de 2010

Shiver


Você não vê que eu preciso da sua presença? Eu olho para algo que me faça lembrar de você com propósito de que melhore, seja menos doloroso. Eu penso em ti do momento em que eu me acordo, até quando eu me deito. Eu rôo minhas unhas, faço planos, crio expectativas. Tudo em vão. Eu não sei se lhe interessa, mas eu estou aqui sozinha esta noite; pensando no tempo que já passou e nas palavras que já me disseste. Pensando em como eu me arrepio ao ouvir um ''eu te amo'' vindo de ti. Se eu pudesse fazer um único desejo agora, desejaria ter você aqui do meu lado. Porém, para ti, talvez não seja como antes. Talvez tu esteja arrependido de ter me dito todas aquelas palavras, talvez você tenha dito tudo impulsivamente ou sinta agora Por outra pessoa o que sentia por mim. Dói-me pensar nessa possibilidade. Dói-me imaginar você com outra, fazendo tudo o que me prometeste a ela. É doloroso, mas talvez seja real. Dúvida. Fizeste-me prometer a um tempo atrás que eu não iria abandonar você, independente do que acontecesse, nunca. E eu vou lembrar-me dessas palavras até meu coração parar de bater. Eu nunca quero perder você, e eu vou estar sempre aqui, esperando.

quinta-feira, 8 de julho de 2010

O término do começo


Aquela garota fez um julgamento severo de si mesma, e sua consciência não descobriu nenhuma culpa especialmente terrível no seu passado, a não ser algumas falhas que podiam acontecer a qualquer um, ou não. Não conseguia traduzir sua perturbação nem em palavras, nem em exclamações. Um sentimento de fim que começara a oprimí-la e angustiá-la. Tinha chego agora, em tais proporções e assumia tamanha nitidez, que ela não sabia mais o que fazer com sua melancolia. Era cada vez mais doloroso no decorrer dos dias, naquelas tardes frias em que não havia nada nem ninguém para esquentá-la. Ela procurava, ela chorava, ela refletia sobre sua vida e seus erros anteriores... Tudo em vão. O final permanecia sempre o mesmo: a garota encolia-se e roçava seus dedos gelados em seus olhos, na busca de melhorar a aparência do rosto inchado de tanto chorar. Ela passou por dias intranquila, em busca de uma vida tranquila, em busca de um teto onde pudesse tomar seu café preto nas manhãs geladas, ler seus tão sonhados livros românticos que no passado faziam a mesma delirar. Ela então depois de dias de sofrimento, ergueu a cabeça, empinou seu lindo narizinho que aparentava ser de porcelana, e resolver ir atrás de sua felicidade. Correu, lutou, passou por bons
bocados, até que entrou o amor da sua vida. Reconstituiu-se inteira, a ponto de começar uma nova vida. Dali começou uma nova história, a história da renovação de uma jovem garota, a história da passagem de um mundo a outro, do conhecimento de uma nova realidade até então totalmente desconhecida. Isto daria um ótimo livro... Porém essa história, concluiu-se... Ou está só começando.